 
          Era um homem pobre. Morava em uma casa humilde. Tinha seis filhos e
        
        
          sua esposa estava grávida do sétimo filho.
        
        
          Passaram meses e seu último filho nasceu. O homem não perdeu tempo
        
        
          e foi procurar um padrinho.
        
        
          Andou, andou, andou... Não encontrou ninguém. Afinal, ninguém queria
        
        
          ser padrinho do sétimo filho de um homem pobre.
        
        
          O dia passou. O sol caiu na boca da noite quando avistou uma imagem
        
        
          curva, com uma capa preta e uma bengala de osso. Era a Morte.
        
        
          A Morte sussurrou:
        
        
          - Sei que você está procurando um padrinho para seu sétimo filho. Eu
        
        
          aceito.
        
        
          - Quem é você? – perguntou o homem.
        
        
          - Sou a Morte.
        
        
          O homem não pensou duas vezes e concordou.
        
        
          - Quero que você seja a madrinha do meu sétimo filho!
        
        
          No dia do batizado a morte chamou o homem e lhe propôs um acordo.
        
        
          - Você foi o único que me tratou com respeito e acreditou em mim. Para
        
        
          retribuir vou transformá-lo em médico, só assim você poderá cuidar do meu
        
        
          afilhado.
        
        
          - Mas eu não sei nada de medicina! – disse o homem assustado.
        
        
          - Preste atenção! – disse a Morte.