Aborto
Legalizar ou criminalizar?
O aborto é um tema muito discutido em todo o mundo. No
Brasil, é um ato proibido pelo artigo 128 do decreto Lei nº 2.848 de 07 de
dezembro de 1940; sendo permitido somente se a gravidez for resultado de
estupro e se a vida da gestante correr risco. No entanto, isso não evita que
muitas mulheres acabem por realizá-lo, ainda que clandestinamente.
Uma pesquisa feita pelo Centro de Direito Reprodutivo em 2014,
mostra que o Brasil faz parte dos 66 países que têm as leis mais rígidas em
relação ao aborto, mas, mesmo assim, muitas mulheres arriscam suas vidas
em clínicas clandestinas e despreparadas. Os motivos alegados para essa
decisão são vários, vão desde não ter condições de criar (mais) uma criança,
por simples vaidade ou até por medo de que seus pais descubram e as
expulsem de casa – no caso de jovens solteiras.
A morte do bebê costuma deixar muitas mulheres arrependidas
e com sentimento de culpa. Outras sentem medo de uma gravidez no futuro.
Por outro lado, muitas mulheres se sentem aliviadas, pois pensam que não
poderiam ter tomado decisão diferente.
O fato do aborto ser proibido no Brasil não impede que seja
realizado, apesar das possíveis consequências. É necessário então,
intensificar um trabalho de reeducação e conscientização para mulheres, por
parte das autoridades, através de campanhas de saúde, planejamento
familiar e uso de contraceptivos.
Giovani Barile
