 
          Ilha Bela
        
        
          No verão de 2010, Lucas se reuniu com toda a família no Guarujá, para fazerem
        
        
          uma viagem até Ilha Bela. Saíram do apartamento e foram em direção à praia. Ao chegarem, algo
        
        
          chamou muito a atenção de Lucas, pois havia uma caminhonete muito alta que levou a lancha de
        
        
          ré até a praia. Depois, um barco se aproximou e puxou a lancha até o mar. Foi muito estranho
        
        
          para ele, pois nunca tinha visto tal manobra.
        
        
          Embarcaram felizes e ansiosos e a viagem começou. Lucas estava meio assustado,
        
        
          pois a lancha pulava com frequência por causa das ondas. Todos que estavam à bordo tinham
        
        
          tomado o café da manhã e por isso, alguns começaram a ficar enjoados e outros vomitaram. Ele
        
        
          achou isso muito nojento.
        
        
          Outras paisagens mais legais o distraíram durante o percurso, como os golfinhos
        
        
          que nunca tinha visto e não sabia que eram tão rápidos a ponto de acompanhar a lancha. Em
        
        
          seguida, Lucas viu também uma ilha muito interessante que se parecia com uma tartaruga, mas
        
        
          logo ao se afastarem dela, um dos motores da lancha parou de funcionar. Devido ao imprevisto,
        
        
          seguiram viagem em velocidade reduzida até a Ilha Bela.
        
        
          Ao chegarem, Lucas e seu irmão foram desafiados pelo tio a nadarem da lancha
        
        
          até a praia, o que foi difícil para Lucas, pois ele não nadava tão bem e a correnteza o atrapalhava
        
        
          e muito. Ele chegou muito cansado, porém conseguiu.
        
        
          Já na pousada, enquanto faziam o “
        
        
          check-in’’,
        
        
          alguém chamou a atenção de Lucas.
        
        
          Uma menina, toda vestida com roupas pretas e com um colar de pentagrama, andava
        
        
          vagarosamente em direção à saída.
        
        
          Mais tarde, a avó de Lucas sugeriu um passeio noturno pela praia e durante o
        
        
          mesmo, a tal menina do pentagrama apareceu de novo e, como antes, sozinha. Curioso, foi
        
        
          conversar com ela e saber o porquê andava sozinha. Ela disse simplesmente que não tinha com
        
        
          quem conversar.
        
        
          Durante a estadia, Lucas passou bastante tempo com ela, conversando sobre
        
        
          muitos assuntos. Mas enfim, tinha chegado a hora de partir. O tio de Lucas já havia consertado o
        
        
          motor da lancha o que possibilitaria voltarem com mais rapidez e segurança.
        
        
          Mas Lucas não queria deixar a menina ali, sozinha, porém, não havia outro jeito.
        
        
          Após se despedirem, a menina disse que sempre estaria lá, contudo, nunca mais se encontraram.
        
        
          Eduardo H. N. Dobrovolskni