 
          O Caçador de Feitiços
        
        
          Havia um caçador de feitiços chamado Gregory. Certo dia, ele
        
        
          conseguiu capturar e trancar a Mãe Malkin, a rainha das bruxas em um calabouço.
        
        
          Lá, ela ficou por dias, sem comida ou bebida, mas não sentiu falta disso pois era
        
        
          uma bruxa. Enquanto Gregory construía o calabouço, a Mãe Malkin gritava:
        
        
          -Gregory, Gregory, tenha misericórdia, liberte-me.
        
        
          Mas Gregory resiste e vai embora com seu cavalo, e a Mãe Malkin
        
        
          continuou a gritar:
        
        
          -Gregory volte, Gregory …
        
        
          Passam dias de sol, eclipses, noites, dias de tempestades, ventanias,
        
        
          nevascas e o tão esperado dia pela Mãe Malkin, o dia da lua de sangue, pois com a
        
        
          lua de sangue, ela recebe forças para sair do calabouço.
        
        
          -Meu poder retorna com a lua de sangue, o caos vai começar e um olho
        
        
          de dragão se abre. Esse dragão era a Mãe Malkin. Ela destrói o calabouço e voa. Em
        
        
          uma vila, o sino de uma igreja toca, e um homem, que era o sétimo filho e também
        
        
          aprendiz de Gregory, aparece em um local onde Gregory está. Após entrar,
        
        
          pergunta:
        
        
          -O Mestre Gregory está?
        
        
          -Parcialmente.
        
        
          E o aprendiz de Gregory vai em direção a ele, que está sentado num
        
        
          banquinho e diz:
        
        
          -Mestre Gregory, não ouviu os sinos?
        
        
          -Só um zumbido no meu ouvido!
        
        
          -Na vila, na velha igreja, tem uma criança com menos de dez anos,
        
        
          infectada.
        
        
          O Mestre Gregory diz;
        
        
          -Pode perceber que não estou, atualmente, lidando com o mundo
        
        
          além.
        
        
          Entra um cavaleiro que saca sua espada, a coloca sobre a mesa e diz:
        
        
          -Levante-se senhor. Está sendo requisitado para uma tarefa.
        
        
          Só devo satisfação a este banquinho. Não há intenção de mudar isso.
        
        
          O cavaleiro lhe diz:
        
        
          - A marca na sua mão me diz que é um cavaleiro. Não tem honra?
        
        
          Gregory encobre a marca da sua mão.
        
        
          E o cavaleiro continua a dizer:
        
        
          - Seu aprendiz diz que um inocente está em perigo. E não faz nada?
        
        
          - Muito pelo contrário, faço de tudo para ignorá-lo.
        
        
          E o aprendiz de Gregory diz:
        
        
          -Eu imploro, não faça isso.
        
        
          O cavaleiro diz:
        
        
          -Não se preocupe, rapaz. Não haverá uma execução, vou dar uma boa
        
        
          lição nele.