Leôncio viu Marina desaparecer na bruma da
madrugada...
No dia seguinte Leôncio estava muito ansioso para ir ao encontro
com Marina. Foi e ficou esperando pela moça, mas ela não apareceu.
Leôncio tinha achado que Marina não iria ao encontro e desconfiou que
tivesse acontecido alguma coisa grave, porque ele sabia que ela gostava
dele tanto quanto ele gostava dela.
Era meia-noite e Leôncio voltou ao hotel triste. Nos primeiros raios
de sol Leôncio foi a todos os lugares da cidade. Perguntou a todo mundo
e não a encontrou em nenhum lugar.
Estranhamente ninguém nunca tinha visto a tal moça. Em uma
cidade pequena todo mundo se conhece e a conversa é cultivada para
todo mundo.
Uma linda donzela vai a um baile sozinho, dança a noite inteira com
um estranho e ninguém a conhece.
Continuou perguntando por sua donzela. Ele a descrevia muito bem.
Desanimado voltou ao hotel e um velho se apresentou. Era o
empregado do hotel. Alguém do hotel que ele nunca tinha visto. O homem
era magro, alto e pálido. O velho disse:
- Marina morreu há muito tempo. Fugiu de casa para se casar com
um caixeiro-viajante e sofreu um acidente.
Leôncio, inconformado, tinha certeza de que tinha dançado com
Marina a noite inteira.
Foi ao cemitério e viu o túmulo de
Marina com sua foto. Tremeu de medo.
Seu coração veio na boca.
Leôncio caiu morto no chão e nunca
mais ouviu falar dele na cidade. Mas,
ficou para sempre com Marina.
Sofia